Participaram desta gravação os músicos: Paulo Pedrassoli (direção musical), Gaetano Galifi, Bruno Correia, Lenine Vasconcellos de Oliveira, Valmyr de Oliveira, Rogério Borda, Antônio Mello e Artur Gouvêa
Ficha técnica
Gravado no estúdio Biscoito Fino
Engenheiros de gravação: Gabriel Pinheiro e Rodrigo Lopes
Assistentes de gravação: Fernando Prado e Lucas Ariel
Edição e mixagem: Fernando Prado
Masterização: Ricardo Dias (Visom Digital)
Produção musical: Paulo Pedrassoli
Projeto gráfico: Leonardo Gouvêa
Biscoito Fino
Direção Geral: Kati Almeida Braga
Direção Artística: Olivia Hime
Produção: Joana Hime Sylvia Medeiros e Renata Mader
Gravado 2004 no estúdio da Biscoito Fino e lançado em 2008 na Sala Cecília Meireles
As descrições das músicas foram baseadas no texto de Paulo Pedrassoli.
Congada
De Francisco Mignone (1897 – 1986), “Congada” é obra conhecida do público de concerto, tanto na versão orquestral como naquela para piano a quatro mãos. O arranjo que apresentamos agora, de Lenine Vasconcellos de Oliveira, cria um novo ambiente sonoro para esta bela composição.
1ª Suite Brasileira – Velha Modinha, Suave Acalanto, Saudosa Seresta
Oscar Lorenzo Fernandez (1897 – 1948) foi um dos protagonistas do nacionalismo musical brasileiro da primeira metade do século XX, juntamente com Mignone, Guarnieri e Villa-Lobos. Sua obra por vezes revela um caráter introspectivo e intimista, como é o caso da “1ª Suíte Brasileira”, para piano solo, cujos movimentos “Velha Modinha”, “Suave Acalanto” e “Saudosa Seresta” são ouvidos em novo arranjo, de Paulo Pedrassoli, onde se valoriza o clima seresteiro através do “ponteado” dos violões.
Brejeiro
É uma das mais célebres e deliciosas peças de Ernesto Nazareth (1863 – 1934), pianista que transcendeu o universo dos bares e dos salões através da qualidade artística de sua música, hoje considerada um marco para o desenvolvimento de uma linguagem musical caracteristicamente brasileira. Composta em 1893, “Brejeiro” teve o arranjo para conjunto de violões escrito por Celso Eduardo Cerbella, com comtribuições de Antônio Mello.
Toccata
Cláudio Santoro (1919-1989) escreveu sua “Toccata” para piano solo em 1954. Obra relevante para o repertório pianístico brasileiro, ela personifica de certa forma uma das múltiplas faces do Modernismo tardio da segunda metade do século XX. O arranjo para oito violões de Rogério Borda confere à peça uma quase orquestral.
Rythmaginaires
“Rythmaginaires” do compositor e violonista Roland Dyens, foi concebida diretamente para oito violões e dedicada ao octeto de Marselha. Trata-se de uma obra rica e bem estruturada, que explora sobremaneira os climas e efeitos sonoros possíveis a essa formação.
Choro Transfigurado
O título de “Choro Transfigurado”, composição de Antônio Mello, faz alusão a uma das mais conhecidas obras do compositor austríaco, Arnold Schoenberg, “Noite Transfigurada” (Verklärte nacht).
Suíte Brasileira I – Esticadinho
A Suíte Típica Brasileira de Gaetano Galifi foi composta especialmente para a Camerata de Violões, em homenagem ao compositor e pianista José Vieira Brandão (1911-2002). Ela é dividida em três movimentos. “Esticadinho” é o primeiro movimento da suíte, um choro alegre e espirituoso.
Suíte Brasileira I – O Seresteiro
A Suíte Típica Brasileira de Gaetano Galifi foi composta especialmente para a Camerata de Violões, em homenagem ao compositor e pianista José Vieira Brandão (1911-2002). Ela é dividida em três movimentos. “O Seresteiro” é o segundo movimento da Suíte Típica Brasileira que traz uma das mais belas e inspiradas melodias deste CD.
Suíte Brasileira I – Frevolando
A Suíte Típica Brasileira de Gaetano Galifi foi composta especialmente para a Camerata de Violões, em homenagem ao compositor e pianista José Vieira Brandão (1911-2002). Ela é dividida em três movimentos. “Frevolando” é o terceiro movimento da Suíte Típica Brasileira, um frevo rasgado, cheio de ritmo, humor e efeitos sonoros.
Bloco da Pitangueira
Uma batucada de carnaval abre passagem para o tema jazzístico em “Bloco da Pitangueira”, de Rogério Borda. De repente, o clima muda e tem início uma seção de improvisos retomando em seguida o tema inicial. Todos os efeitos percussivos são realizados pelos violões.
Banda de Congos
“Banda de Congos” nos remete ao universo do folclore capixaba, principal fonte de inspiração para a obra do compositor Carlos Cruz, que gentilmente dedicou-nos essa peça. Aqui os violões imitam o som dos congos (tambores) e das casacas – espécie de reco-reco típico das bandas da região.
Arpeggiata
“Arpeggiata” é uma obra de concerto densa expressiva, escrita especialmente para a Camerata de Violões por Marcelo Carneiro de Lima. Suas várias seções representam desafio constante aos intérpretes, que têm vários momentos de solo.
Noite de Seresta
O tom nostálgico de “Noite de Seresta” encerra o segundo CD da Camerata de Violões, ao som de violões e imaginários bandolins, evocados no arranjo de Valmyr de Oliveira para esta terna melodia de Almiro Zarur.